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Abrainc contesta previsão de queda no crédito imobiliário em 2025 feita pela Abecip

Postada em 11/02/2025 às 18:29:35

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) enxerga o momento atual do Brasil para o setor imobiliário de forma diferente das entidades que operam o crédito imobiliário no país. No final de janeiro, a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) estimou a piora do cenário econômico apontando uma queda de 15% a 20% no volume de financiamentos imobiliários em 2025, fazendo o montante cair de R$ 187 bilhões para cerca de R$ 155 bilhões.

"Não acredito em uma queda tão abrupta. As pessoas continuam com a intenção de comprar imóveis", contesta Luiz França, presidente da Abrainc, lembrando dados do ano passado, quando o ciclo de alta da taxa Selic teve início.

Entre o terceiro trimestre de 2023 e 2024, a intenção de compra de imóveis aumentou de 36% para 46%, mesmo com projeção de Selic mais alta, em setembro de 2024. "Nossa pesquisa prova que aumentou a intenção de compra, mesmo no cenário do terceiro trimestre, em que os juros já voltavam a subir", reafirma.

A mesma pesquisa da Abrainc mostra que, entre aqueles que desejavam comprar uma casa em setembro, 37% dos potenciais compradores queriam sair do aluguel, 17% buscavam uma residência maior e 11% planejavam sair da casa dos pais.

Apesar da expectativa de que a Selic alcance 15% em 2025, França argumenta que os juros do crédito imobiliário não acompanharão integralmente essa alta. A principal fonte de recursos do setor, a poupança, rende pouco mais de 6% ao ano, e há um limite legal de 12% ao ano mais TR para financiamentos com recursos da poupança.

O presidente da Abrainc reconhece desafios como a queda no saldo da poupança e as novas regras mais rigorosas da Caixa Econômica Federal para concessão de crédito. No entanto, ele aponta para fontes alternativas de financiamento, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que podem complementar os recursos da poupança.

França também destaca a importância da portabilidade de crédito, uma agenda que o Banco Central promete intensificar em 2025. Essa possibilidade permite aos tomadores de empréstimos buscar melhores condições em outras instituições financeiras. Embora admita que juros mais altos representem dificuldades para incorporadoras e clientes, o representante das construtoras mantém uma visão otimista sobre o mercado imobiliário.

Tags: VEJA,Intenção de compra,Desempenho do mercado

 

 

Fonte: Fonte: Veja Negócios

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